São Tarásio foi patriarca de Constantinopla e uma figura importante na história da Igreja Bizantina durante o século VIII. Ele nasceu como súdito do Império Bizantino e alcançou altas honrarias na corte imperial, servindo como Cônsul e posteriormente como o primeiro secretário do Imperador Constantino e de sua mãe, Irene.

No entanto, São Tarásio é mais conhecido por sua elevação como Patriarca de Constantinopla. Sua eleição para esse cargo ocorreu sob a condição de que um Concílio Geral fosse convocado para resolver as controvérsias em torno da veneração das imagens sagradas, que haviam causado uma separação entre Constantinopla e a Santa Sé de Roma devido a conflitos entre os imperadores. O Concílio foi realizado em 786 na Igreja dos Santos Apóstolos em Constantinopla e se reuniu novamente no ano seguinte em Niceia. Os decretos do Concílio foram aprovados pelo Papa, contribuindo para a resolução das disputas sobre a veneração das imagens.

Além de suas atividades no âmbito eclesiástico, São Tarásio também enfrentou desafios em sua vida pessoal. Ele se recusou a sancionar o divórcio do Imperador, o que o levou a ganhar a inimizade do monarca. Ele testemunhou as complexas reviravoltas na política imperial durante seu tempo como patriarca, incluindo o reinado e a queda de Irene e a usurpação de Nicephorus.

A vida de São Tarásio como patriarca foi marcada por penitência, oração e trabalho árduo para reformar o clero e o povo de sua diocese. Sua caridade para com os pobres era uma das características mais notáveis de sua vida; ele pessoalmente visitava casas e hospitais em Constantinopla para garantir que ninguém necessitado fosse esquecido na distribuição de esmolas.