O Papa Pio VII nasceu em Cesena. Ele entrou para o Colégio de Nobres de Ravena quando criança e mais tarde se tornou um monge beneditino em Santa Maria do Monte. Pio VII lecionou em vários mosteiros da Ordem de São Bento e foi nomeado bispo de Tivoli em 1782.

Seu papado foi um período desafiador marcado pela invasão de Napoleão à Itália e sua tentativa de anexar os territórios da Igreja. Pio VII enfrentou dificuldades durante esse tempo, incluindo o aprisionamento do Papa Pio VI por Napoleão. Em sua encíclica "Diu satis", Pio VII mostrou sua determinação em proteger a Igreja contra o avanço napoleônico.

A situação mudou quando a revolução na França começou a diminuir e Napoleão decidiu encerrar a perseguição religiosa. Em 1801, foi assinada uma concordata entre a França e a Santa Sé. Mas Napoleão controlava rigorosamente o ramo religioso.

No entanto, as tensões entre Napoleão e a Santa Sé aumentaram. Napoleão se autodeificou e substituiu a festa dedicada a Nossa Senhora pelo culto a "São Napoleão". Ele emitiu um catecismo obrigatório que enfatizava a obediência à sua pessoa e ao Estado. Além disso, ele invadiu Ancona, cidade pontifícia, e exigiu que Pio VII expulsasse todos os estrangeiros em Roma que pertencessem a nações em guerra com a França, o que o papa se recusou a fazer.

Em 1808, Pio VII foi preso e a França começou a governar os Estados Pontifícios. No ano seguinte, ele foi deposto. Pio VII foi levado para Savona, onde foi impedido de exercer seu papel como líder da Igreja. Durante seu cativeiro, não foram realizadas ordenações episcopais, o que causou instabilidade na Igreja. Em 1813, Napoleão forçou o papa a assinar uma renúncia aos Estados Pontifícios em troca de uma grande soma de dinheiro e a renunciar ao direito de nomear bispos, algo que o pontífice mais tarde se retratou.

Após a derrota de Napoleão pelas forças aliadas, Pio VII retornou a Roma em 24 de maio de 1814. Ele faleceu nove anos depois devido a graves problemas de saúde.