
Santa Margarida Bays nasceu em 8 de setembro de 1815, em uma pequena aldeia suíça chamada La Pierraz, na região de Friburgo. Filha de agricultores simples, cresceu imersa na fé católica, desenvolvendo desde cedo uma profunda devoção à Eucaristia, à Virgem Maria e à oração silenciosa.Escolheu permanecer leiga e consagrou sua vida a Deus como membro da Ordem Terceira de São Francisco. Trabalhou como costureira para ajudar sua família e dedicava seu tempo livre a ensinar o catecismo às crianças, visitar os doentes e acolher os necessitados.Aos 35 anos, foi diagnosticada com um câncer intestinal. Ao invés de pedir simplesmente a cura, Margarida fez uma oração ousada e generosa: pediu a Jesus que a curasse, mas que lhe permitisse participar de Seus sofrimentos. Foi curada de modo inexplicável — um milagre — e, a partir de então, passou a experimentar os estigmas da Paixão de Cristo.Toda sexta-feira, entrava em êxtase profundo, revivendo espiritualmente os sofrimentos da cruz. Esses sinais extraordinários, porém, ela procurava esconder. Não desejava fama, mas que sua vida fosse um reflexo do amor de Deus vivido no cotidiano.Margarida viveu a santidade no ordinário: na costura silenciosa, no cuidado com os vizinhos, no conforto aos enfermos, e nas muitas orações feitas no recolhimento de seu lar. Sua vida foi um testemunho do Evangelho vivido sem barulho, onde o amor de Cristo se revelou nos pequenos gestos, no sofrimento aceito com alegria, e na entrega humilde do dia a dia.Faleceu em 27 de junho de 1879, com fama de santidade. Foi canonizada em 13 de outubro de 2019 pelo Papa Francisco, que destacou sua vida como exemplo de “santidade da porta ao lado” — acessível, discreta, mas profundamente transformadora.